As principais lideranças do Republicanos, na Paraíba, reagiram neste sábado (2) às cobranças do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) por unidade na base aliada do governador João Azevêdo (PSB). A cobrança do progressista é fácil de entender: o parlamentar ganhou a queda de braço com o deputado federal Efraim Filho (União Brasil) pela indicação do gestor para compor a vaga de senador na chapa majoritária. Acontece que Efraim preservou a promessa de voto dos governistas, mesmo migrando para a base de apoio ao deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB), virtual adversário de João Azevêdo na corrida eleitoral.
Aguinaldo Ribeiro, por isso, cobra que o governador convença os parlamentares do Republicanos a votarem fechado em toda a chapa, caso ele aceite disputar o Senado. Acontece que apesar de a cobrança parecer lógica, essa costura não será simples. Em contato com o blog, vários deputados estabeleceram um passo a passo que, segundo eles, se for seguido por Ribeiro, a sonhada unidade será tirada do papel. Eles recorrem à experiência das últimas disputas eleitorais para o Senado, na Paraíba, nas quais, segundo eles, a figura do governador como grande articulador dos apoios perdeu a relevância.
A primeira exigência feita pelos deputados do Republicanos é que Aguinaldo anuncie que é candidato ao Senado. Depois disso, reúna o partido comandado por ele, o PP, para cobrar apoio fechado no governador. Citam que a maioria dos parlamentares do partido, na Assembleia Legislativa, não vota em João Azevêdo. Entre os exemplos são citatos Jane Panta, de Santa Rita, e Doutora Paula, de Cajazeiras. As duas, eles reforçam, não dão o indicativo de que votam no governador. Há cobranças, também, sobre Galego de Souza.
Depois de garantir a unidade do partido, as lideranças do Republicanos esperam ser procuradas por Aguinaldo para dialogar sobre o apoio nas eleições deste ano. Eles alegam que isso foi feito por Efraim Morais, que assumiu compromissos com o grupo, inclusive prevendo a divisão do seu espólio. Os deputados sustentam que essa equação não será resolvida pelo governador. Dizem, com isso, que essa não é uma tarefa que caiba a ele.
Aguinaldo Ribeiro chegou para a composição com o governador, neste ano, com credenciais para assumir a vaga de senador na majoritária. Ele tem o apoio do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), comandante da principal cidade do Estado. Também exerce substancial influência sobre quatro partidos, que poderá ou não colocar à disposição do governador. Mas o maior desafio que ele terá pela frente, ao que parece, será mesmo conseguir o apoio do Republicanos.
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