Legislativo
PT pede ao Supremo que Pâmela Bório seja investigada por Alexandre de Moraes e impedida de assumir vaga na Câmara
10/01/2023 09:27
Suetoni Souto Maior
Pâmela Bório publicou fotos dos atos em Brasília. Foto: Reprodução/Instagram

A ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela Bório (PSC), ganhou um motivo extra de preocupação desde que participou dos atos terroristas, em Brasília, no domingo (8). A bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara e o PSOL entraram com representações junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que parlamentares e suplentes que participaram ou incentivaram atos golpistas sejam investigados pelo ministro Alexandre de Moraes. O magistrado é o responsável pelo inquérito dos atos antidemocráticos.

Além de Pâmela, que é suplente de deputada federal, a lista inclui os deputados eleitos Clarissa Tércio (PP-PE), Silvia Waiãpi (PL-AP) e André Fernandes (PL-CE). O partido pede que os quatro sejam impedidos de assumir o cargo na próxima Legislatura e que todos eles fiquem impedidos de acessar redes sociais. A ex-primeira-dama, vale ressaltar, apagou a conta dela no Instagram. A ferramenta foi usada por ela para divulgar fotos inclusive do filho de 12 anos, que chegou a participar dos atos. Ela negou, no entanto, que ele tenha ficado até o momento das invasões às sedes dos Três Poderes.

Pâmela é ex-mulher do ex-governador Ricardo Coutinho (PT), com quem tem um filho de 12 anos. Apesar do pedido para que ela não assuma vaga na Câmara dos Deputados, essa possibilidade já era inexistente. Ela conseguiu inexpressivos 1.373 votos nas eleições de 2022 para deputada federal e figura na lista como a nova suplente do partido. Além disso, não atingiu a cláusula de barreira. Ela exige que o parlamentar obtenha pelo menos 10% do quociente eleitoral para poder assumir o mandato. Ou seja, precisaria de pelo menos mais 17 mil votos.

No ofício, assinado pelo atual líder da sigla na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG) e pelo futuro líder, Zeca Dirceu (PT-PR), pede ainda que os quatro sejam incluídos nos inquéritos das fake news, no das milícias digitais e no que investiga Jair Bolsonaro (PL) por ter vinculado vacinas contra Covid à Aids, todos relatados pelo ministro Alexandre de Moraes.

Além destes, O PSOL também pede que sejam incluídos nos inquéritos relatados por Moraes uma série de parlamentares, entre eles o senador eleito Magno Malta (PL-ES) e os deputados federais Ricardo Barros (PP-PR), Coronel Tadeu (PL-SP) e José Mederios (PL-MT) e Carlos Jordy (PL-RJ). O partido ainda solicita a apreensão do passaporte e a suspensão das redes sociais destes congressistas.

Por Beatriz Souto Maior

Com informações da Folha de São Paulo

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