Os movimentos do presidente Lula (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vão garantir o confronto dos partidos de ambos em pelo menos oito das 26 capitais brasileiras nas eleições deste ano. As agremiações apostaram na polarização nas eleições de 2022 e chegaram ao segundo turno, com vitória da sigla petista. Para este ano, o objetivo era fazer o mesmo na disputa municipal, o que tende a não ocorrer em justa posição na maioria delas. Os embates entre os postulantes, sim, claramente vão acontecer por causa da defesa do legado dos padrinhos nacionais, mas não necessariamente polarizando o debate.
A não polarização em João Pessoa, por exemplo, decorre do fato de que nem o deputado estadual Luciano Cartaxo (PT) nem o ex-ministro Marcelo Queiroga (PL) lideram as pesquisas, apesar de um ou o outro ter boas chances de chegar ao segundo turno. O maior adversário deles é o prefeito Cícero Lucena (PP), candidato à reeleição. No plano nacional, a maior possibilidade de polarização é vista em relação às disputas nas cidades de São Luís, no Maranhão, e Palmas, no Tocantins.
Veja os confrontos diretos das duas siglas:
Aracaju (SE)
Candisse Carvalho (PT)
Emília Corrêa (PL)
Belo Horizonte (MG)
Rogério Correia (PT)
Bruno Engler (PL)
Cuiabá (MT)
Lúdio Cabral (PT)
Abílio Brunini (PL)
Fortaleza (CE)
Evandro Leitão (PT)
André Fernandes (PL)
Goiânia (GO)
Adriana Accorsi (PT)
Fred Rodrigues (PL)
João Pessoa (PB)
Luciano Cartaxo (PT)
Marcelo Queiroga (PL)
Manaus (AM)
Marcelo Ramos (PT)
Capitão Alberto Neto (PL)
Vitória (ES)
João Coser (PT)
Capitão Assumção (PL)
Um levantamento divulgado nesta quarta-feira (7) pela Folha de São Paulo mostra que o PT definiu candidaturas em 13 das 26 capitais e terá candidato a vice em outras 5. Já o PL vai para a briga com nomes do partido em 14 das 26 capitais brasileiras, incluindo grandes colégios eleitorais como Belo Horizonte, Fortaleza e Rio de Janeiro.
A polarização mais bem delineada, por incrível que pareça, vai ocorrer no Rio de Janeiro, onde o PT não tem candidato na chapa majoritária. A sigla do presidente Lula será representada pelo atual prefeito, Eduardo Paes (PSD), que busca a reeleição. Ele terá pela frente o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), que ainda aparece muito mal nas pesquisas e surge como alvo de acusações de ter coordenado a Abin paralela durante o governo de Jair Bolsonaro.
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