O ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), iniciam por Natal, no Rio Grande do Norte, nesta quinta-feira (16), as agendas de visita ao Nordeste. Os dois vêm à região como pré-candidatos a presidente e vice, respectivamente, e terão reunião fechada com os nove governadores dos estados onde o petista possui maior penetração eleitoral. Os dois participarão, também, da 1ª Feira Nordestina de Agricultura Familiar e Economia Solidária, promovida pelo Consórcio Nordeste.

A vinda dos dois ocorre, também, em meio à indefinição do PT e do PSB em vários estados, inclusive na Paraíba. A previsão era que as direções das duas agremiações sentassem nesta quarta-feira (15) para equacionar a situação nas unidades da federação em que os dois grupos têm arestas a aparar. Além da Paraíba, falta entendimento em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Santa Catarina.

Na Paraíba, o problema reside no fato de o PT no Estado ter fechado questão em torno do nome do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) para a disputa do governo. Acontece que o PSB aposta na reeleição do governador João Azevêdo e tem o reforço de outros dois partidos da federação PT/PCdoB e PV. Estas duas últimas legendas estão alinhadas ao governador na Paraíba. Esta última contenda deverá ser dirimida, também, pelo conjunto dos partidos.

No encontro desta quinta, governadores devem conversar sobre os efeitos do programa Acolhe Nordeste, encampado pelo Consórcio Nordeste e que prevê destinação de R$ 500 para crianças e adolescentes órfãos de vítimas da Covid-19. Eles pretendem discutir também maneiras de ampliar projetos de transferência de renda, a exemplo do Bolsa Família, mas que contemplem qualificação profissional de adultos da família beneficiária do recurso.

Em relação à feira, o evento envolverá agricultores e agricultoras familiares da região, representados por suas cooperativas e associações. A ideia do PT e do núcleo da pré-campanha lulista é dar uma resposta a Jair Bolsonaro, que em suas últimas intervenções tem afirmado que o governo atual acabou com a relação de dependência dos pequenos produtores com o MST.

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