A operação Festa no Terreiro 2 resultou na prisão de quatro pessoas, nesta terça-feira (15). A relação inclui o prefeito de São Mamede, Umberto Jefferson Morais, que foi afastado do cargo. O gestor é o mesmo que durante a pandemia da Covid-19 ganhou repercussão nacional pela distribuição sistematizada do “kit covid”, formado por medicamentos sem eficácia comprovada. A ação foi coordenada pela Polícia Federal, em parceria com o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB).
O objetivo da operação é combater esquema de direcionamento de licitações, desvios de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. Além de Morais, foram presos Josivan Gomes Marques, que foi candidato a vice-prefeito de Catingueira, em 2020; o empresário Maxwell Brian Soares de Lacerda, representante da Viga Engenharia LTDA, e o pregoeiro Joao Lopes de Sousa Neto. Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, sendo cinco no município de Patos/PB e um no município de São Mamede/PB, além de quatro mandados de prisão preventiva.
De acordo com informações obtidas pelo blog, todos deverão passar por audiência de custódia na tarde desta terça, em Patos. O prefeito foi afastado do cargo. O prefeito Umberto Jefferson ganhou notoriedade em 2017, logo após ser eleito, por ter aberto mão dos salários ao assumir a prefeitura. Também foi afastado do cargo o pregoeiro João Lopes de Sousa Neto, lotado na prefeitura de São Mamede. A decisão é do desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, do Tribunal de Justiça da Paraíba. Ele determinou ainda o sequestro de bens equivalente a R$ 5,1 milhões.
Os crimes investigados são frustração do caráter competitivo de licitação, violação de sigilo em licitação, afastamento de licitante, fraude em licitação ou contrato, peculato, corrupção passiva e corrupção ativa, todos do Código Penal Brasileiro, bem como lavagem de dinheiro.
Trata-se da segunda fase da Operação Festa no Terreiro, deflagrada em 2/3/2023, quando foram apreendidos documentos e mais de R$ 250 mil em espécie na casa de um dos alvos.
O nome da operação é uma referência ao linguajar utilizado pelos investigados ao combinar o resultado de licitações.
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