Executivo
PL coloca Queiroga e João Pessoa no ‘mapa dos desejos’ para as eleições de 2024
24/06/2023 10:03
Suetoni Souto Maior
Marcelo Queiroga, junto com Jair Bolsonaro, Valdemar da Costa Neto e Braga Neto. Foto: Divulgação/PL

O Partido Liberal, do ex-presidente Jair Bolsonaro, colocou o ex-ministro Marcelo Queiroga no “mapa dos desejos” de candidatos que a sigla pretende eleger no ano que vem. A lista inclui ainda outros nomes fiéis ao bolsonarismo, como os ex-ministros Gilson Machado (Turismo), Walter Braga Neto (Defesa), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e Onyx Lorenzoni (Casa Civil). No radar, para estes nomes, estão, respectivamente, as cidades de João Pessoa-PB, Recife-PE, Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS). O partido tem o ambicioso projeto de elevar de 360 para 1.500 o número de prefeitos no país.

Para isso, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi acionado como garoto propaganda da sigla. Ele esteve no Rio Grande do Sul nesta semana, para a filiação de prefeitos ao partido. Na próxima segunda-feira (26), de acordo com o colunista Lauro Jardim, de O Globo, ele estará em São Paulo, onde se reúne com deputados estaduais na esperança de atrair para o partido prefeitos atualmente filiados ao PSDB. Tudo isso enquanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga uma ação que poderá acabar com as pretensões eleitorais do ex-presidente por oito anos.

O movimento puxado pelo presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, para João Pessoa, rachou a militância do partido na capital. Os deputados Cabo Gilberto (federal) e Wallber Virgolino (estadual), além do comunicador Nilvan Ferreira, não aceitam a imposição do ex-ministro. Eles acusam o deputado federal Wellington Roberto, presidente estadual da sigla, de estar estar enganando Bolsonaro para que ele declare apoio em Queiroga. Os três defendem que haja pesquisa interna para definir quem vai ser candidato na capital.

Atualmente, o único prefeito de capital filiado ao PL é JHC, de Maceió-AL. O projeto de potencialização do número de gestores tem como âncora a previsão de um Fundo Eleitoral milionário. A previsão é a de que a sigla tenha R$ 843 milhões para gastar nas eleições do ano que vem, além de um fundo partidário superior a R$ 200 milhões. Tudo isso fruto da eleição da maior bancada para a Câmara dos Deputados no ano passado (99). O sucesso da empreitada, no entanto, vai depender de como estará a popularidade de Bolsonaro no ano que vem, quando, muito provavelmente, já estará inelegível.

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