Os petistas paraibanos têm feito as contas sobre os predicados que tornariam o ex-governador Ricardo Coutinho (PT) um dos nomes cotados para assumir um ministério no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do mesmo partido. A lista inclui a boa relação do paraibano com o novo mandatário e a também boa interlocução dele com lideranças nacionais do partido. Mas uma análise menos apaixonada do cenário nacional mostra que o nome paraibano com maiores chances de cavar espaço no novo governo, por mais surpreendente que isso possa parecer, é o do deputado federal reeleito Hugo Motta (Republicanos).
O paraibano ganhou destaque ao ser escolhido como líder do Republicanos na Câmara dos Deputados mais recentemente e tem se destacado como articulador no Congresso. A indicação de um nome para o governo tem sido imposta pelo partido para que ele ofereça apoio à nova gestão, apesar de ter figurado como âncora de Jair Bolsonaro (PL) na eleição deste ano. A surpresa é por que o Republicanos e o PP foram as legendas que compuseram a coligação do atual mandatário na tentativa frustrada de reeleição. Hugo, no entanto, procurou não se expor no período eleitoral.
A pasta desejada pelo grupo é a das Cidades. Os dois nomes mais lembrados no partido para a vaga, dentro desta composição, são de Hugo e Marcos Pereira, com vantagem para o primeiro. Caso ele consiga a vaga, um outro nome da Paraíba poderá ser premiado: trata-se do deputado estadual Raniery Paulino (Republicanos), suplente de Motta. Com isso, o parlamentar paraibano poderá ocupar a vaga na Câmara dos Deputados. Para quem gosta de surpresa, um outro nome da Paraíba poderá ter posição de destaque no ano que vem. Trata-se de Aguinaldo Ribeiro (PP), provável líder do futuro governo na Câmara dos Deputados.
Para Ricardo, o quadro é um pouco mais complicado. Apesar da proximidade com Lula, alguns pontos pesam contra ele. Podemos citar, entre as questões, as acusações de corrupção feitas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e os acordos para a composição do novo governo. A necessidade de construir uma coalizão tem feito com que a gestão ganhe cara mais plural e menos petista. Isso faz com que o “metro quadrado” dentro da gestão petista se torne muito povoado. Por isso, é fácil imaginar que um cargo para o ex-governador virá, mas dificilmente será no primeiro escalão.
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