Se dependesse apenas da bancada paraibana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teria problemas para construir a desejada maioria no Congresso Nacional. Um levantamento feito pelos petistas mostra que entre aliados de primeira hora e neófitos, 14 dos 15 parlamentares que compõem a bancada paraibana devem votar com o governo. O único integrante do grupo refratário a indicações de cargos para o governo é o Cabo Gilberto (PL), de acordo com o presidente estadual do PT, Jackson Macedo. Ao todo, há 35 cargos federais disponíveis na Paraíba, com metade deles suscetíveis a indicações políticas.
Ao blog, Gilberto justificou a posição: “Se eu não tinha cargo no governo Bolsonaro, por que vou ter no governo Lula?” O movimento de adesão, apesar disso, foi tão intenso entre parlamentares eleitos ou reeleitos que gerou ciúmes entre os apoiadores históricos do presidente, por entenderem que eles mereceriam maior atenção na distribuição de cargos. São os casos do deputado Gervásio Maia (PSB) e do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que, apesar disso, não têm externado publicamente essa opinião.
Câmara dos Deputados
Murilo Galdino (Republicanos)
Gervasio Maia (PSB)
Dr. Damião (União Brasil)
Luiz Couto (PT)
Hugo Motta (Republicanos)
Aguinaldo Ribeiro (Progressistas)
Cabo Gilberto Silva (PL)
Mersinho Lucena (Progressistas)
Romero Rodrigues (PSC)
Wellington Roberto (PL)
Ruy Carneiro (PSC)
Wilson Santiago (Republicanos)
Senado
Daniella Ribeiro (PP)
Veneziano Vital do Rêgo (MDB)
Efraim Filho (União Brasil)
Entre os deputados que namoram o retorno à base governista está Wellington Roberto (PL), que adotou postura orgânica em relação ao bolsonarismo no Estado nas eleições de 2022. Ele chegou a lançar o filho, Bruno Roberto, para a disputa do Senado, mas sem sucesso. E por falar no Senado, Efraim Filho (União Brasil) que também assumiu postura simpática ao ex-presidente, faz hoje o caminho de transição, sem se apresentar como lulista, mas com tendência de apoio às principais pautas do governo. Ele indicou o presidente estadual dos Correios, na Paraíba.
Aguinaldo Ribeiro (PP) é outro que apesar de ter integrado um partido da base de Bolsonaro, vem construindo o caminho de volta. Ele foi ministro da gestão de Dilma Rousseff (PT) e gerou revolta nos petistas por ter votado favoravelmente ao impeachment, assim como Veneziano. O emedebista, no entanto, fez o caminho de volta bem antes e foi apoiado por Lula na disputa do governo no ano passado. O presidente estadual do PT, Jackson Macedo, disse que o trabalho do partido mira, agora, a conquista da maioria no Congresso e, por isso, as diferenças do passado têm sido colocadas de lado.
A conta de apoios ao governo, no papel, é muito confortável atualmente, mas só o dia a dia, com as votações, saberemos efetivamente quem entrou efetivamente na base governista.
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18/04/2025 09:44
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