O aperto de mãos entre o prefeito Cícero Lucena (MDB) e o ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSD), registrado pelo comunicador Fábio Targino, do PBAgora, nesta semana, foi carregado de simbolismos. Não era ainda, mas pareceu uma passagem de bastão. De um quase (ex) pré-candidato para um pré-candidato ao governo.
E esta foi a leitura comumente feita após a publicação. Agora, se rememorarmos, mesmo bem posicionado nas pesquisas, há muito Pedro Cunha Lima não demonstra interesse pela disputa.
Se puxarmos pela memória, enquanto Cícero Lucena, Lucas Ribeiro (PP) e Efraim Filho (União) encampavam uma busca frenética por votos, não raro Pedro aparecia nas redes sociais lendo, na praia ou jogando videogame.
Por causa disso, abriu as lacunas hoje ocupadas por Cícero. O prefeito saiu da base governista e foi galgando espaços na oposição. Ele se filiou ao MDB e puxou o senador Veneziano Vital do Rêgo para o seu projeto.
No dia da filiação de Cícero, o tio de Pedro, Ronaldo Filho, fez as vezes de representante da família Cunha Lima no ato. E aos poucos, o grupo vai falando em construção da unidade na oposição, com o ex-deputado cada vez menos candidato.
Em entrevista à rádio Arapuan, nesta quinta-feira (26), o deputado falou sobre a reunião que teve com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e das dificuldades de manter sua pré-candidatura. Relatou que não será candidato de si mesmo e pregou unidade.
Se isso é um adeus em definitivo ao projeto eleitoral, saberemos em breve. Mas a verdade é que os espaços no bloco onde ele pede unidade estão ficando mais raros.
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