Deu o esperado. A Executiva Nacional do PDT determinou uma intervenção no partido, na Paraíba. A medida foi uma reação ao que o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, classificou de falta de “desconsideração” e “desrespeito” do deputado federal Damião Feliciano. O parlamentar, depois de 15 anos à frente do partido, esperou até os 48 minutos do segundo tempo para pular fora do barco. Ele se filiou ao União Brasil alegando ao comando nacional da sigla que não conseguiu formar uma nominata capaz de disputar as eleições com chances de eleger um deputado federal.

Com a intervenção, a vice-governadora Lígia Feliciano também foi apeada do comando do partido e dificilmente conseguirá legenda para disputar as eleições para o governo, como ela anunciou anteriormente. Em entrevista ao jornalista Felipe Nunes, o dirigente nacional da agremiação demonstrou profundo descontentamento com Damião Feliciano. Segundo ele, o parlamentar alegou durante a saída da sigla que o partido não ficaria sub-representado, porque manteria a mulher e os filhos no comando. “O PDT não será sublegenda de partido algum”, disse Lupi, negando ter guardado mágoas.

O partido será comandado na Paraíba pelo advogado Marcos Ribeiro, que atualmente comanda a comissão de ética. Na mesma reunião em que foi definido o destino na Paraíba, a Executiva Nacional do PDT decidiu também por intervenções nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Lupi disse que a sigla vai se reerguer e se tornar mais forte do que nunca. A agremiação tem o ex-ministro Ciro Gomes (CE) como candidato a presidente e foi uma das que mais perderam deputados com a janela da partidária. Ao todo, 10 parlamentares abandonaram a sigla.

A caminhada do partido nas eleições deste ano, por isso, não será simples.

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