Judiciário
Patrimônio da União trava venda de áreas públicas invadidas por ‘figurões’ na orla de Cabedelo
12/03/2024 18:17
Suetoni Souto Maior
Ministério Público apura invasão de áreas públicas em Cabedelo. Foto: Divulgação

A Secretaria do Patrimônio da União (SPU) proibiu a venda de imóveis localizados na orla de Cabedelo que ocupam áreas públicas. A decisão segue recomendação do Ministério Público Federal (MPF). O órgão oficiou o Cartório de Registro de Imóveis de Cabedelo para bloquear temporariamente as transações de propriedades consideradas irregulares, localizadas principalmente nas praias de Camboinha e Areia Dourada.

No ofício, a SPU indica os imóveis que devem ter as transações imobiliárias bloqueadas temporariamente até que a Superintendência finalize as ações fiscalizatórias e certifique a regularidade dos imóveis em questão. São propriedades localizadas nas praias de Poço, Camboinha I, Camboinha II, Camboinha III e Areia Dourada, informa o documento.

Alguns dos imóveis que terão suas matrículas bloqueadas, com restrição de alienação, foram identificados como casas de médio e alto padrão, que ocupam integralmente terrenos de marinha ou possuem muros, cercas, quiosques, piscinas e jardins ocupando parcialmente estas áreas, em desacordo com a legislação vigente.

Conforme o procurador da República João Raphael, essa medida busca a proteção do patrimônio público e a garantia do cumprimento das leis ambientais e urbanísticas. “Esse passo é essencial para garantir que as propriedades em questão não sejam negociadas até que a situação seja regularizada”, explica.

Ao todo, 92 inquéritos foram instaurados pelo MPF para apurar as invasões.

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