A semana dos paraibanos começou embebida em polêmicas na vida real, relacionadas à política, e na ficção, por conta da novela Vale Tudo, da Rede Globo. O primeiro exemplo por causa de uma entrevista da senadora Daniella Ribeiro (PP) ao jornalista Heron Cid, da Rede Norte Paraíba. Nela, a parlamentar fez duras críticas ao prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), a quem acusou de ter traído o governador João Azevêdo (PSB) e o PP. Já na ficção, em um revival dos anos 1980, chegou a hora de saber quem matou Odete Roitman. Os tiros no Copacabana Palace, assim como a entrevista de Daniella, ocorreram nesta segunda-feira (6).
Na novela política, ocorrida pelas bandas de cá, Daniella Ribeiro disse considerar que Cícero Lucena não foi leal com o governador e com o partido dela. Alegou que a sigla e o governador retiraram o prefeito do ostracismo e que, hoje, o gestor pessoense se volta contra quem, na visão dela, estendeu a mão quando ele estava fora da política. A parlamentar também falou dos recursos destinados à capital paraibana para obras de pavimentação. Foram R$ 100 milhões em emendas destinadas por ela para o financiamento dos empreendimentos.
O prefeito, que é pré-candidato ao governo, no ano que vem, por outro lado, evitou o debate direto com Daniella Ribeiro. Nas redes sociais, ele publicou que “Os que hoje atiram pedras, ontem me ofereciam flores. Mas ataques pessoais não constroem a Paraíba do futuro e, por isso, não me desviam do caminho. Eu os perdoo! A história, a trajetória e a conduta de cada um de nós falam por si. Não é sobre vaidades ou disputas políticas. É sobre gestão, capacidade administrativa, experiência e compromisso com um futuro melhor para todos os paraibanos”.
A confusão política ocorre porque Cícero Lucena tem apresentado o nome dele para a disputa do governo em 2026. Ele tentava se viabilizar na base governista, mas não encontrou espaço porque os partidos aliados ao governador João Azevêdo passaram a entender que se Lucas Ribeiro, filho de Daniella, estiver com a caneta na mão em abril do ano que vem, não faz sentido dar espaço para uma postulação do prefeito. O gestor pessoense, por outro lado, diz não abrir mão da disputa porque lidera todas as pesquisas de opinião pública até agora. Ele poderá compor com o clã Cunha Lima para as eleições de 2026.
Mas, voltando à ficção, outro tema de interesse dos paraibanos é a discussão sobre quem matou Odete Roitman. A trama forjada em conjunto por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères virou case nos anos 1980, permeando os debates em outros programas televisivos e nas ruas. Na versão original da trama, a autora dos tiros foi Leila (Cássia Kis). Agora, contabilizando-se o número de suspeitos, assim como na versão original de 1980, podemos dizer que o resultado é imprevisível.
Psiu! Na política paraibana também.
O que este escriba pode dizer é que não assistiu à versão original da novela e, por isso, passou anos à reboque de discussões sobre a trama sem entender nada. Por este motivo, desta vez, ficará atento às duas novelas (a da vida real e a da ficção).
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