O nascimento na Paraíba deixou de ser um ponto de aproximação entre os deputados federais Hugo Motta (Republicanos-PB) e Lindbergh Farias (PT-RJ). O presidente da Câmara e o líder do PT romperam relações na Casa e, de acordo com aliados de ambos, manterão apenas uma relação protocolar de agora em diante. O cenário é visto por alguns governistas como preocupante, diante da quantidade de matérias de interesse do governo em tramitação.
O clima piorou na semana passada, quando Farias participou de uma reunião do colegiado de líderes com Hugo Motta e elevou o tom contra o conterrâneo ao tratar do projeto antifacção que tramitava na Câmara. A proposta foi elaborada pelo governo federal, mas o presidente da Câmara entregou o texto para a relatoria de Guilherme Derrite (PL-SP). O parlamentar é ex-secretário de Segurança de São Paulo, estado governado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), potencial adversário de Lula (PT) em 2026.
Nos últimos meses, segundo notícia da Folha de S.Paulo, o grupo de Motta se queixava da atuação de Lindbergh, acusando-o de se exaltar nas discussões e de tentar desgastar a imagem da Câmara perante a opinião pública. A cúpula da Casa também critica o comportamento do deputado nas reuniões semanais com líderes e Motta, afirmando que ele atua como se fosse líder do governo, quando deveria responder apenas pela bancada do PT.
A relação de Motta com Lindbergh guarda semelhanças com a do presidente da Câmara com o próprio PT, que desde o início do ano oscila entre aproximações e recuos. O tempo dirá se essa será apenas uma fase.
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