O monstrengo chamado Orçamento Paralelo criado para contemplar principalmente parlamentares alinhados com o Palácio do Planalto tem sido causa de discórdia no Congresso. O jornal O Globo traz matéria na edição desta terça-feira (27) na qual mostra a indignação do deputado federal paraibano Julian Lemos (PSL) com dirigentes do próprio partido. “O que vocês estão fazendo é roubo. Mas vocês não estão me roubando! Estão roubando o meu estado! Não vou admitir!”, disse aos gritos o parlamentar, na semana passada, diante de assessores da liderança do PSL na Câmara.
Procurado pelo blog, Lemos confirmou a indignação. O alvo da revolta era o líder da sigla na Câmara, o Major Vitor Hugo (GO), responsável pela partilha da fatia do Orçamento Paralelo destinada ao PSL. Na divisão, a Paraíba ficou de fora e Julian Lemos não teve como indicar investimentos no bolo total que gira em torno de R$ 11 bilhões. A situação no caso do paraibano é pior, porque ele foi o único excluído no partido. O orçamento paralelo, o monstrengo criado no Congresso, com anuência do governo, não dá igualdade de acesso para todos os parlamentares.
O orçamento regular, elaborado pelo Congresso, oferece a cada um dos parlamentares a oportunidade de indicar onde o governo federal deve gastar R$ 16 milhões. Isso em relação às emendas individuais. Ainda há uma parcela do orçamento para as emendas de bancada. Tudo ocorre às claras. No caso do Orçamento Paralelo, não, as coisas são definidas nas sombras, sem praticamente possibilidade de transparência ou fiscalização. Na partilha em que a Paraíba foi excluída, o Major Vítor Hugo separou R$ 100 milhões para o estado dele.
Revoltado, Julian diz que não vai admitir o que chamou de roubo ao seu estado natal.
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