A operação Rastreio, desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), do Ministério Público da Paraíba, nesta quarta-feira (26), revelou uma prática recorrente nas cidades paraibanas. Na fase atual, os alvos são empresas e prefeituras das cidades de Alhandra, Riachão do Poço e Salgado de São Félix. Mas se puxarmos um pouco para o passado vamos encontrar o caso de Camalaú, onde o prefeito Alecsandro Bezerra dos Santos chegou a ser afastado do cargo por decisão do Tribunal de Justiça, em 2020.
As acusações da época são muito parecidas com as de agora. Naquela oportunidade, a operação Rent a Car apurou a ocorrência de crimes de falsidade documental, fraude a licitação e desvio de recursos públicos da prefeitura de Camalaú. Agora, a operação Rastreio apura prática de fraudes em licitações, desvios de dinheiro público, corrupção e lavagem de dinheiro nos três municípios. O que surpreende, nos dois casos, é a ousadia. Casos de carros locados que sequer chegaram a ser usados, pois nunca foram abastecidos pelo poder público, mas com aluguéis pagos pelos municípios.
No caso atual, vale ressaltar ainda que as investigações identificaram empresas fantasmas constituídas em nome de pessoas supostamente ligadas aos gestores municipais, além de contratação de veículos localizados em outros Estados. A ação contou com a participação de três promotores de justiça, 33 agentes do Gaeco, 60 policiais civis e auditores do Tribunal de Contas do Estado.
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