O futebol brasileiro volta a ser abalado por denúncias de manipulação de resultados. Desta vez, a Operação ‘Jogada Marcada’, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), cumpriu mandados em seis estados, incluindo a Paraíba. Em João Pessoa, a ação teve como alvo o ex-árbitro Dguerro Xavier, que foi preso no bairro dos Funcionários II, na Zona Sul da capital.​

Dguerro Xavier não é um nome desconhecido quando o assunto é investigação de fraudes no futebol paraibano. Ele já havia sido investigado durante a Operação Cartola, deflagrada em 2018 pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pela Polícia Civil. Essa operação mirava uma suposta organização criminosa composta por membros da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Comissão Estadual de Arbitragem da Paraíba (Ceaf), Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba (TJD/PB) e dirigentes de clubes profissionais do estado. O objetivo era apurar crimes como manipulação de resultados, falsidade ideológica e desvio de valores oriundos de partidas de futebol profissional. ​

As investigações da Operação Cartola resultaram em condenações significativas. Em maio de 2024, o ex-presidente da FPF, Amadeu Rodrigues, e o ex-vice-presidente do Botafogo-PB, Breno Morais, foram condenados a três anos e dois meses de reclusão por envolvimento em manipulação de resultados. Outros dirigentes e árbitros também foram sentenciados por crimes relacionados.

A reincidência de casos como o de Dguerro Xavier evidencia a persistência de práticas ilícitas no futebol brasileiro, especialmente nas divisões de acesso. A Operação ‘Jogada Marcada’ reforça a necessidade de vigilância contínua e medidas rigorosas para preservar a integridade do esporte. A sociedade e os torcedores merecem transparência e honestidade nas competições, pilares fundamentais para a credibilidade do futebol nacional.

Por: Beatriz Souto Maior

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