Judiciário
Operação do Gaeco e da Polícia Civil encontra sucatas e até carro sem motor abastecidos pela prefeitura de Alhandra
10/08/2023 08:41
Suetoni Souto Maior
Veículo parado há mais de dois anos recebia ordem de abastecimento. Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil e o Ministério Público da Paraíba (MPPB) desencadearam nesta quinta-feira (10) uma operação para o cumprimento de mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça na cidade de Alhandra, no Litoral Sul do Estado. Os alvos da ação são três servidores públicos e a Secretaria de Transportes da cidade. As acusações são de fraudes em licitações e desvio de recursos públicos, inclusive com a destinação de abastecimento de veículos inservíveis com dinheiro do município. Um verdadeiro “cemitério” de carros foi descoberto no esquema.

A ação é coordenada pela Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPPB (Gaeco/PB). Os investigadores descobriram que veículos parados há mais de dois anos e até sem motor estavam tendo autorizações de abastecimento liberadas pela prefeitura.

Entre os alvos está o secretário de transportes de Alhandra, Clóvis Ferreira da Silva Neto, além do chefe do controle de abastecimento, Kenneddy Ricardo Spencel Soares, e do secretário adjunto de Transportes de Alhandra e fiscal do contrato, Luiz Lourenço da Silva Filho. Estão sendo cumpridos mandados também na Secretaria de Transportes da Prefeitura de Alhandra.

Ao se debruçar sobre os dados dos veículos abastecidos com dinheiro público, o Gaeco e a Polícia Civil detectaram que um Ônibus Iveco/City, ano 2012/2013, de placa: NPX:5191, lotado na Secretaria de Educação do Município, vinha recebendo ordens de abastecimento constantemente, porém, se tratava de uma sucata.

Outro exemplo é o de uma uma ambulância RENAULT/MASTER AMBULÂNCIA, DE PLACA QFF-8217. Na investigação, foi identificado o pagamento no valor de R$ 29.000,63 para serviços de manutenção (Relatório de Missão nº 08/2023).

Ainda de acordo com a polícia e com o MPPB, a investigação começou após denúncias de um vereador, que identificou os pagamentos irregulares no sistema Sagres do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB). A suspeita é de que os desvios cheguem a R$ 1 milhão em prejuízo aos cofres públicos.

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