A senadora Daniella Ribeiro (PSD) resolveu fazer mistério em relação à disputa eleitoral, em Campina Grande. E tem motivos para isso. São muitas variáveis dispostas no xadrez eleitoral. Algumas delas ainda carecem de definição para qualquer projeto que se pense para o futuro. É o caso, por exemplo, de uma eventual pré-candidatura do deputado federal Romero Rodrigues (Podemos). Há o movimento, também, de Jhony Bezerra (PSB), secretário de Saúde do Estado. Não que haja interdependência entre as postulações, mas não custa ponderar que todos poderão estar no mesmo barco contra Bruno Cunha Lima (União).
O atual prefeito virou o inimigo comum de antigos aliados e desafetos. Romero foi padrinho político de Bruno e hoje caminha para transformá-lo em adversário. Daniella Ribeiro tinha o filho, Lucas, como vice-prefeito de Bruno e hoje não tem dificuldades para encontrar adjetivos negativos para se referir ao prefeito. Nesta terça-feira (9), durante evento em João Pessoa, disse que o ex-aliado é o ator de uma gestão deplorável em Campina Grande. A referência foi feita enquanto se referia ao preconceito comum da política tradicional com candidaturas femininas. Ela citava o prefeito como homem e dono de uma gestão ruim.
A senadora também faz mistério sobre quem, efetivamente, representará o partido em Campina Grande. Ela não destaca que possa ser a candidata, mas lembra que o partido lançou dois nomes como possibilidade anteriormente. A lista inclui Rosália Lucas, secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado, e Eva Gouveia, vereadora campinense. O discurso é o de que apenas os nomes das duas está posto, com a cobrança de que eles não sejam subestimados. E é coerente que isso ocorra, porque não dá para prever a história completa de uma eleição olhando apenas a largada.
De certo, olhando as variáveis, há cenários para que Daniella dispute a prefeitura, bem como sonhe com a reeleição para o Senado daqui a dois anos. Tudo vai depender do movimento das peças no tabuleiro. É preciso saber, por exemplo, se João Azevêdo (PSB) vai disputar vaga no Senado. Se for, terá que renunciar ao mandato em abril de 2026. Neste caso, o vice, Lucas Ribeiro, assume o Executivo e poderá disputar a reeleição. Neste cenário, é difícil imaginar uma disputa de Daniella, porque deixaria a chapa pesada demais. Mas se João decidir finalizar o mandato…
Por ora, o que fica claro é que o PSD buscará algum nível de protagonismo nas eleições em Campina Grande. O tamanho dele veremos mais à frente.
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