Executivo
Novo governo escolhe delegado da PF exonerado por Bolsonaro para comandar o combate à corrupção
20/12/2022 19:22
Suetoni Souto Maior
Ricardo Andrade Saadi assumirá o cargo com a posse do novo governo. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O delegado Ricardo Saadi, da Polícia Federal, vai comandar a Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor) da corporação. O nome dele foi confirmado nesta terça-feira (20) pelo também delegado Andrei Rodrigues, escolhido por Flávio Dino, futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, para diretor-geral da PF. Entre as áreas que estarão subordinadas ao novo diretor da Dicor está a equipe encarregada de investigar políticos com prerrogativa de foro nos tribunais superiores.

Muita gente não lembra de Saadi, mas ele esteve envolvido num episódio que gerou desgastes para o presidente Jair Bolsonaro (PL). O delegado era chefe da Superintendência da PF, no Rio de Janeiro, quando foi exonerado a pedido do mandatário, em 2019. Na época, as informações de bastidores apontaram como motivo a tentativa do gestor de proteger familiares e aliados, alvos de investigação. Oficialmente, o mandatário alegou “problemas de produtividade” na gestão Saadi para substituí-lo.

Especialista em lavagem de dinheiro, o futuro diretor da Dicor comandou o DRCI, departamento do Ministério da Justiça encarregado da recuperação de Ativos e cooperação jurídica internacional. Ele foi nomeado para o posto no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Os nomes foram anunciados nesta terça-feira (20) pelo futuro ministra Justiça e senador eleito, Flávio Dino (PSB-MA), e pelo delegado escolhido para comanda a PF, Andrei Rodrigues.

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