Judiciário
MP pede condenação de homens que tentaram explodir caminhão de combustíveis para forçar novo ‘golpe militar’
10/04/2023 17:51
Suetoni Souto Maior
Artefato foi colocado em caminhão com mais de 60 mil litros de querosene de aviação. Foto: Divulgação

O Ministério Público do Distrito Federal pediu à Justiça, nesta segunda-feira (10), a condenação dos dois homens acusados de envolvimento na tentativa de explosão de um caminhão-tanque carregado de combustíveis. O caso ocorreu em dezembro do ano passado. Os envolvidos colocaram uma bomba no veículo que estava estacionado nos arredores do Aeroporto de Brasília. A promotora Vera Gomes diz na manifestação que a ação criminosa tinha o objetivo de “criar pânico na população e, com isso, motivar imaginária ação militar no país”.

O episódio ocorreu antes dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadirem e depredarem os prédios dos Três Poderes, em Brasília, com o mesmo objetivo. São réus na Justiça do DF pela tentativa de explosão: George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos e Welligton Macedo de Souza. Os dois primeiros estão presos. No dia 29 de março, de acordo com o G1, o juiz Osvaldo Tovani negou um pedido de revogação da prisão preventiva por entender que ainda há risco para a ordem pública e que “não há fato novo que justifique a revogação do decreto prisional”. Wellington está foragido.

O MP pediu a condenação de Alan Diego dos Santos e George Sousa pelo crime de explosão, que e “expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”. A pena é de 3 a 6 anos de prisão e multa.

No entanto, o Ministério Público considera que é preciso aumentar a pena em um terço, já que o crime foi cometido tendo como alvo depósito de combustível. Como um forte arsenal foi apreendido com George Sousa, o MP também pediu que seja condenado pelo porte ilegal de armas e pela posse de arma de fogo de uso restrito. Ele era CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador).

Como Wellington Macedo está foragido, a análise do caso dele está suspensa.

Com informações do G1

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