O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado morreu nesta sexta-feira (23), aos 81 anos. Ele enfrentava problemas de saúde decorrentes da malária, contraída nos anos 1990. A morte foi confirmada pelo Instituto Terra, fundado por ele e pela esposa, Lélia Wanick Salgado.
Salgado era considerado um dos maiores nomes da fotografia mundial. Mineiro de Aimorés, formou-se em Economia antes de se dedicar à fotografia — carreira que iniciou nos anos 1970. Foi em uma viagem de trabalho pela África que, com a câmera da esposa, fez seus primeiros registros e não parou mais.
Nos anos 1980, ganhou projeção internacional com a série sobre a Serra Pelada. Depois vieram trabalhos emblemáticos como Trabalhadores, Êxodos, Gênesis e Gold. Suas imagens em preto e branco rodaram o mundo, retratando com força e sensibilidade a condição humana, o meio ambiente e as desigualdades sociais.
Com a esposa, fundou o Instituto Terra, projeto de reflorestamento da Mata Atlântica que virou referência internacional em recuperação ambiental. Foi também reconhecido com prêmios como o Príncipe das Astúrias e o da Paz do Comércio Livreiro Alemão, além de ter se tornado membro da Academia de Belas-Artes da França.
Salgado morava em Paris. Deixa Lélia, os filhos Juliano e Rodrigo, e dois netos. O Instituto Terra lamentou a morte e destacou o legado deixado por ele: “Nosso eterno Tião, presente. Hoje e sempre”.

Quer receber todas as notícias do blog através do WhatsApp? Clique no link abaixo e cadastre-se: https://abre.ai/suetoni