O ex-presidente Lula (PT) frustrou nesta terça-feira (26) os apoiadores do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que sonhavam com palanque único para o emedebista na Paraíba. Durante entrevista a influenciadores digitais, de forma pragmática, o petista disse em relação ao Estado que tem um problema bom para resolver por aqui. Isso porque além de Veneziano, ele é cortejado pelo governador João Azevêdo (PSB) e pela vice-governadora Lígia Feliciano (PDT). Os três brigam para ter o ex-presidente como trunfo no palanque para as eleições deste ano.

“Na Paraíba é um bom problema. Um técnico da seleção tem um bom problema quando tem muito jogador bom. Na Paraíba, eu estou feliz com a minha situação, porque muita gente boa quer trabalhar conosco, querendo fazer aliança. Eu não recuso voto”, afirmou Lula, durante a entrevista. E ele acrescenta: “Preciso ir na Paraíba, conversar com todo mundo. Não tenho veto a ninguém. Sou amigo da Lígia, conheço o governador que recentemente entrou no PSB, tem Veneziano, sou amigo do Ricardo. Quero chegar na Paraíba e conversar com todo mundo”, acrescentou.

O ex-presidente disse que se for preciso, pede apoio para todo mundo. “Vou pedir. O que importa é ganhar”, reforçou. O discurso de Lula é diferente do que era costurado pela legenda, no Estado. A sigla, primeiro, procurou Lígia Feliciano, mas o apoio foi frustrado depois de declarações da política de que apoiaria Lula e Ciro Gomes. Este último é o pré-candidato do partido dela. O passo seguinte foi a construção do entendimento com Veneziano Vital, que deixou a base de apoio a João Azevêdo e se lançou para a disputa do governo do Estado.

O governador João Azevêdo comentou as declarações de Lula logo depois que o assunto viralizou nas redes sociais. De acordo com ele, não faz sentido a briga pela exclusividade. O gestor tem dito com muita frequência que quem precisa brigar por exclusividade é dono de concessionária. O presidente do PT, na Paraíba, Jackson Macedo, por outro lado, disse que vai trabalhar para a construção do palanque em torno da candidatura de Veneziano. Ele cobra que os colegas de partido sigam a definição para não acontecer a mesma coisa de 2020, quando o agora ex-petista Anísio Maia disputou as eleições na capital contra a decisão nacional.

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