O Ministério Público da Paraíba (MPPB) conseguiu, nesta segunda-feira (11), uma liminar na Justiça determinando a suspensão de todos os perfis em redes sociais do influenciador paraibano Hytalo Santos. A decisão prevê a interrupção da monetização, o afastamento imediato dos adolescentes que vivem com ele e a proibição de qualquer contato com menores. A defesa ainda pode recorrer.
A medida foi pedida pela promotora de Justiça de Bayeux, Ana Maria França, na Ação Civil Pública que acusa o influenciador de submeter adolescentes à “adultização” e exposição com conotação sexual para obter lucro.
No mesmo dia, o MPPB, o Gaeco, o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Civil expediram recomendação à Loteria do Estado da Paraíba (Lotep) para que, em até 48 horas, suspenda a autorização da empresa “Fartura Premiações”, divulgada no canal de Hytalo. O documento é assinado pelos promotores Ana Maria França, Octavio Paulo Neto e Dennys Carneiro, pelo procurador do Trabalho Flávio Henrique Gondim e pelo delegado-geral André Rabelo.
A suspensão deve ser mantida até o fim do processo ou até que cessem as condutas irregulares e sejam garantidos os direitos das crianças e adolescentes. O descumprimento pode gerar nova ação civil pública e até responsabilização criminal.
Segundo a promotora Ana Maria França, as investigações começaram no fim do ano passado, após denúncias de moradores do condomínio onde Hytalo morava. Eles relataram festas e gravações até altas horas, com barulho, presença de bebidas alcoólicas e cenas com conotação sensual envolvendo adolescentes. “Coletamos provas dentro da legalidade e contamos com o apoio de entidades parceiras para chegar a este resultado”, disse.
Além da ação em Bayeux, a Promotoria de João Pessoa também apura a conduta do influenciador. Os promotores João Arlindo Corrêa Neto e Ivete Leônia Soares de Oliveira Arruda investigam se houve omissão dos pais dos adolescentes expostos nos vídeos. Há ainda um inquérito policial em andamento para apurar eventual crime, cujo resultado será encaminhado ao MPPB para análise sobre possível denúncia.
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