A corrida para consolidar as chapas e as alianças para as eleições deste ano está a todo vapor em João Pessoa, certo? Sim, certo, mas não para todos os partidos. Depois de uma briga avassaladora, com direito a “puxão de cabelo e dedo no olho” (falo no sentido figurado), o Partido dos Trabalhadores passou à posição de mero espectador das outras composições. Notadamente, o movimento da extrema-direita, que vem buscando os holofotes nas últimas semanas, com a novela Quero Quero, protagonizada pelo ex-ministro Marcelo Queiroga (PL) e pelo pastor Sérgio Queiroz (Novo).

O último capítulo da confusão foi o sonhado (pelos bolsonaristas) sim de Queiroz aos convites de Queiroga para que ele seja vice na chapa que deverá disputar as eleições representando a ala bolsonarista. Isso apesar da difícil condição imposta pelo pastor, que cobra do aliado o abandono da polarização.

Esta confusão até poderia ser positiva para os petistas. Acontece que, do lado deles, o silêncio foi a tônica nas últimas semanas. Eles aguardam a posição da executiva nacional do partido sobre o destino do partido na capital. Três caminhos podem ser seguidos: as soluções caseiras representadas por Cida Ramos e Luciano Cartaxo ou uma composição com o prefeito Cícero Lucena (PP).

O que se tem para hoje no PT é um partido dividido. De um lado, a base da sigla está com a deputada estadual Cida Ramos. Do outro, lideranças como o ex-governador Ricardo Coutinho e o deputado federal Luiz Couto preferem Cartaxo. Mas há ainda figuras como o presidente estadual do partido, Jackson Macedo, que não desconsideram a possibilidade da composição com Cícero para fazer frente à extrema-direita na capital. A previsão inicial do partido era que se tivesse uma posição até o fim deste mês, o que dificilmente vai acontecer.

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