O anúncio da filiação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao PSB, nesta sexta-feira (18), trará reflexos práticos para a disputa eleitoral, na Paraíba. O ex-tucano surge como ingrediente novo, apesar de já previsto, no tabuleiro eleitoral da Paraíba. Isso porque o governador João Azevêdo, também do PSB, sonhava com a possibilidade de oferecer palanque para o ex-presidente Lula (PT), mas encontrava oposição de ala significativa da sigla petista. Tudo porque o grupo ligado ao ex-governador Ricardo Coutinho (PT), desafeto de João, costura uma aliança com o MDB do senador Veneziano Vital do Rêgo.
Pela conta de Ricardo, ele sairia para a disputa do Senado e apoiaria Veneziano para o governo do Estado, em oposição a João Azevêdo. Pelos cálculos, com a coligação nacional, o governador não poderia usar imagens e sons relacionados ao ex-presidente no seu guia eleitoral. A legislação proíbe. Só que tem um fato novo nesta discussão: a ida de Alckmin para o PSB foi articulada com a possibilidade de ele ser candidato à vaga de vice na chapa que deverá ser encabeçada por Lula. O plano é exposto pelos dois ex-desafetos e que agora não deixam de trocar “gentilezas”.
A jurisprudência do Superior Tribunal Eleitoral (TSE) indica que mesmo com a coligação estadual firmada entre PT e MDB, Ricardo e Veneziano não poderão cobrar o “monopólio” da imagem do ex-presidente. Isso porque a provável coligação entre PT e PSB, nacionalmente, abre espaço para que a legenda socialista, na Paraíba, faça uso de imagens e vozes associadas ao ex-presidente. A conta, no entanto, para ser colocada em prática, vai precisar precisar da consolidação do que houve é dado como certo: a formalização da aliança entre Lula e Geraldo Alckmin.
Filiação
“O tempo da mudança chegou! Depois de conversar muito e ouvir muito eu decidi caminhar com o Partido Socialista Brasileiro – PSB. O momento exige grandeza política, espírito público e união”, escreveu Geraldo Alckmin, pela manhã, em publicação nas redes sociais. A frase é um trecho de uma fala dita pelo ex-governador de Pernambuco durante a campanha à presidência do Brasil. “Não vamos desistir do Brasil. É aqui onde nós vamos criar nossos filhos, é aqui onde nós temos que criar uma sociedade mais justa”, afirmou ele em entrevista ao Jornal Nacional dias antes de falecer.
Campos morreu após queda de um jato particular em agosto de 2014. Ele era o candidato do PSB nas eleições presidenciais. A cerimônia de filiação do ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) ao PSB está prevista para ocorrer às 10h30 da próxima terça-feira (23).A informação foi antecipada pelo presidente da legenda, Carlos Siqueira, ao blog da jornalista Andréia Sadi na quinta-feira (17).
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