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Família tenta contato com paraibana desaparecida na Ucrânia há 13 dias
16/03/2022 10:57
Suetoni Souto Maior
Silvana Pilipenko fez contato com a família pela última vez no dia 3 deste mês. Foto: Reprodução/Instagram

Uma paraibana está desaparecida na Ucrânia há 13 dias. Trata-se de Silvana Pilipenko, que é casada com um ucraniano e mora na cidade portuária de Mariupol. A TV Cabo Branco divulgou nesta quarta-feira (16) as últimas imagens feitas pela mulher, no dia 2 deste mês, quando a cidade já sofria ataques dos russos. Silvana é casada há 26 anos com o ucraniano Vassili Pilipenko, capitão da marinha mercante. Os dois se conheceram em uma festa em Santos, em São Paulo, e, depois de dois meses, se casaram na Paraíba.

“A cidade está cercada pelas forças armadas, todas as saídas estão minadas, então é impossível tentar sair daqui nesse momento. Basicamente Mariupol faz fronteira com a Rússia, o país atacante, então não podemos seguir nessa direção. Se fôssemos para outra direção, no sentido Polônia ou Hungria, teríamos que atravessar todo território, o que não seria viável diante das circunstâncias e da distância”, explicou Silvana, dando detalhes sobre as dificuldades geradas com a chegada dos invasores.

Nas imagens, a paraibana relata a rotina de medo e previa que a comunicação com a família seria inviabilizada nos dias seguintes. “Ontem a internet foi cortada, a energia também, então ficamos sem internet, sem energia, nossos celulares ficaram sem bateria, o computador também, o apartamento ficou sem aquecimento”, disse no vídeo datado de 2 de março. O último contato dela ocorreu no dia seguinte.

Os familiares alegam que o governo brasileiro disponibilizou um perfil em aplicativo de mensagens para que os brasileiros possam entrar em contato e agendar embarque em um dos trens usados para tirar brasileiros do país. O destino, em geral, tem sido a Polônia, de onde eles são embarcados para o Brasil. A sobrinha de Silvana, Maria Beatriz, no entanto, relata que a falta de internet na cidade pode impedir esse contato.

A esperança dos familiares, que moram em João Pessoa, é que a paraibana ainda esteja viva. Eles ainda esperam contato dela e acompanham o noticiário internacional. No Instagram, a paraibana chegou a publicar no dia 27 imagens de uma praça, com as cirenes tocando e sons de bombardeio ao longe. Depois disso, manteve os contatos mais restritos com os familiares.

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