A proposta de delação premiada feita por Samuel Rodrigues, ex-funcionário do Hospital Padre Zé, não foi aceita pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Rodrigues é investigado em suposto esquema de desvio de celulares doados pela Receita Federal à instituição de saúde. De acordo com investigações da Polícia Civil, pelo menos 100 aparelhos com valores de mercado entre R$ 2,5 mil e R$ 7 mil desapareceram. A denúncia foi formulada pelo antigo administrador do hospital, Padre Egídio de Carvalho Neto. Só que esta era apenas a ponta do iceberg.
De acordo com o apurado pelo blog, a proposta de delação feita por Samuel Rodrigues foi rejeitada porque ele não conseguiu acrescentar novos elementos à investigação. Os indícios de irregularidades vão muito além do mero desaparecimento dos celulares. O ex-funcionário chegou a ser preso e atualmente cumpre medidas cautelares. A defesa dele é feita pelo advogado Aécio Farias, que vem acompanhando o caso desde o início. O jurista alega que o cliente dele está disposto a colaborar, repassando as informações solicitadas.
As informações divulgadas até agora apontam para um esquema muito maior que o desvio dos celulares e implicam diretamente o Padre Egídio. O caso fez com que ele pedisse afastamento do cargo ocupado no Hospital Padre Zé e, em seguida, fosse impedido de celebrar missas. O religioso também perdeu o cargo na paróquia de origem. As suspeitas de desvio de recursos envolvem o desaparecimento de milhões de reais nos últimos anos, incluindo dinheiro da Ação Social Diocesana (ASA). As investigações seguem sob sigilo.
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