Em 2022, Eduardo Leite fez um grande espetáculo ao renunciar ao governo do Rio Grande do Sul, apresentando-se como um líder disposto a mudar a política brasileira. Seu discurso, de se posicionar contra armadilhas políticas e apresentar uma nova agenda, desapareceu após sua derrota para João Doria nas prévias do PSDB. Agora, em 2025, ele reaparece com o mesmo discurso: “disposição” para a presidência, mas sem garantir onde ou como isso ocorrerá.

Em entrevista à Folha de São Paulo, Leite afirmou estar pronto para construir uma candidatura à Presidência em 2026, mas ainda aguarda a decisão do PSDB sobre sua fusão com o Podemos, prevista para o fim de abril, para decidir seu futuro político. Caso saia do PSDB, ele cogita se juntar ao PSD, com o objetivo de “liderar o projeto”. No entanto, o histórico de Leite mostra que, quando as oportunidades surgiram, ele preferiu recuar.

Agora, Leite se apresenta como uma alternativa à polarização, mas seu discurso parece mais uma repetição de promessas vazias. O Brasil não busca um novo “antídoto” para a polarização, mas soluções reais. E, até o momento, Leite não ofereceu nada além da sua velha disposição.

A “disposição” de Leite para 2026 parece mais uma estratégia de palco do que um compromisso com mudanças concretas. O político que desistiu em 2022 agora tenta novamente, mas sua credibilidade, antes já questionada, segue em jogo.

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