Executivo
‘Desbolsonarização?’ Novo chefe a PRF na Paraíba tem formação em direitos humanos
13/03/2023 17:24
Suetoni Souto Maior
Pedro Ivo tem atuação em área operacional da PRF. Foto: Divulgação/PRF

A cúpula do governo Lula (PT) vinha afirmando, desde o fim das eleições, no ano passado, a necessidade do que chamavam de ‘desbolsonarização’ da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A corporação foi a que se apresentou mais próxima ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante os quatro anos de gestão dele, inclusive, com acusações de ter criado obstáculo à ida de eleitores às urnas no ano passado, em estados onde o atual presidente tinha maior peso eleitoral. A mudança dos chefes em todo o Brasil, nesta segunda-feira (13), mostra o passo pretendido neste caminho.

Assim como na Paraíba, em todo o país, foram escolhidos para os postos nomes mais operacionais e alguns deles com maior formação humanística. O exemplo paraibano se encaixa neste requisito. Para cá foi escolhido Pedro Ivo, de 41 anos. Ele é graduado em Direito pelo Centro Universitário de João Pessoa, Mestre em Direitos Humanos, Cidadania e Políticas Públicas pela Universidade Federal da Paraíba, Especialista em Ciências Criminais, em Direito de Trânsito, em Educação Transformadora e, ainda, é Pós-graduando em Ciências Policiais.

Nascido em João Pessoa, Ivo iniciou suas atividades na PRF em 2009, no estado do Pará. Desde 2013 está lotado na Paraíba. Perito em acidentes de trânsito pela PRF, faz parte do quadro de instrutores da instituição, onde ministra a disciplina de Perícia e Atendimento de Acidentes de Trânsito. Em nota divulgada pela Polícia Rodoviária da Paraíba, é dito que o foco dele na gestão será o fortalecimento da PRF, “prezando pela cidadania e excelência na prestação do serviço à sociedade, promovendo segurança viária, bem como combatendo a criminalidade, com âmago na efetivação dos direitos humanos nas ações institucionais.”

Durante o governo anterior, o então presidente Jair Bolsonaro manteve uma relação de proximidade com a cúpula da PF e da PRF e, com frequência, foi acusado pela oposição de aparelhar as corporações e fazer alterações nos comandos das equipes para driblar investigações. O antigo diretor-geral da PRF no país, Silvinei Vasques, acabou se tornando alvo de inquérito por ter supostamente feito corpo mole no enfrentamento às obstruções de rodovias durante os protestos de apoiadores do ex-presidente.

Veja a relação dos novos superintendentes

Acre: Liege Lorenzett Vieira
Alagoas: Juliano Quintella Malta Lessa
Amapá: Klebson Sampaio do Nascimento
Amazonas: Benjamin Affonso Neto
Bahia: Vagner Gomes da Silva
Ceará: Flavio Antonio Holanda e Silva
Distrito Federal: Igor de Carvalho Ramos
Espírito Santo: Wermeson Mario Pestana
Goiás: Tiago de Almeida Queiroz
Maranhão: Francinácio Morais Medeiros
Mato Grosso: Kellen Arthur Preza Nogueira
Mato Grosso do Sul: João Paulo Pinheiro Bueno
Minas Gerais: Fabio Henrique Silva Jardim
Pará: Cassiano Hilário Ribeiro Filho
Paraíba: Pedro Ivo Nogueira Loureiro
Paraná: Fernando Cesar Borba de Oliveira
Pernambuco: Alexandre Rodrigues da Silva
Piauí: Bruno Ribeiro Dias
Rio de Janeiro: Vitor Almada da Costa
Rio Grande do Norte: Pericles Venancio dos Santos
Rio Grande do Sul: Anderson Nunes dos Santos
Rondônia: Luciana da Silva Alves
Roraima: Marcelo Aguiar da Silva
Santa Catarina: Manoel Fernandes Bitencourt
São Paulo: Edson Jose Almeida Junior
Sergipe: Vladimir Cardoso Hilário
Tocantins: Alonso Mata Trindade

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