O médico João Paulo Casado quebrou o silêncio após a repercussão de imagens nas quais ele aparece agredindo a ex-mulher. Por meio de nota, o advogado Aécio Farias apresentou elementos que “justificariam” as agressões. Dizendo não ter conhecimento de processo aberto contra o agora ex-diretor-técnico do Trauminha de Mangabeira, a defesa insinuou, entre outras questões, que a jovem agredida representaria riscos à integridade física do filho de nove anos do profissional e suposta extorsão que estaria sendo feita por ela, para garantir o pagamento das mensalidades dela em um curso de Medicina.
O casal estava separado, segundo o advogado, desde julho deste ano e as imagens das agressões foram repassadas por ela para a polícia um mês depois, já em outubro, apesar de terem sido registradas há mais de um ano. Em sua argumentação, na nota divulgada, o advogado faz referência ao caso Nardoni, quando uma criança foi morta pela madrasta com anuência do pai.
Apesar de não apresentar elementos de prova, ele diz que “que, em tempos de exibição de documentário que retrata o trágico ‘Caso Isabela Nardoni’, o Dr. João Paulo jamais seria/será um ‘Alsxandre Nardoni’ tampouco uma ‘Monique Medeiros’ consentir que qualquer madrasta agrida ou arremesse seu filho do 23° andar”.
Alega também que “desde julho de 2023, Dr. João Paulo se encontra separado de fato do seu segundo casamento e, coincidentemente, há poucos dias, após não mais ceder às extorsões para a manutenção do pagamento da mensalidade da faculdade de medicina de sua ex-esposa, no valor de R$ 10.670,00, e ajuizar ação de divórcio, são exibidos vídeos cujas origem e autenticidade são contestadas”.
Disse ainda que “entende necessária a imposição de medida protetiva em favor do seu filho contra sua ex-madrastra e comunicado os fatos às autoridades competentes, inclusive, acerca das extorsões”.
O problema dos argumentos apresentados pela defesa do médico é que, pelo menos por ora, eles surgem sem elementos de prova, enquanto que contra João Paulo há imagens mostrando as agressões. Com base nisso, foi aberto inquérito na Delegacia da Mulher e consedida medida protetiva para a jovem.
João Paulo Casado também foi afastado do cargo que ocupava no Trauminha de Mangabeira e no Hospital de Emergência e Trauma. Ainda se tornou alvo de investigação no Corpo de Bombeiros, onde também dá expediente, e de apuração do Conselho Regional de Medicina (CRM).
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