A história sempre colocou o senador eleito Efraim Filho (União Brasil) no lado oposto ao do Partido dos Trabalhadores – posição similar à do pai, o ex-senador Efraim Morais. O parlamentar, no entanto, faz agora o caminho no sentido do distensionamento. Em conversa com o blog, ele disse que não terá dificuldades para votar nas propostas do governo do presidente eleito Lula (PT) que sejam boas para o país. O partido dele, vale ressaltar, indicou três ministros para a composição do novo governo, apesar de não ter se declarado abertamente base do governo.
A indicação destes nomes, afirma Efraim, faz com que ele tenha interlocução com o novo governo. Ele disse ter boa relação com Waldez Góes, que vai comandar a Integração Nacional. A pasta tem grande importância para o atendimento da Região Nordeste, por demandar as ações de assistência no período da seca. O novo ministro foi indicado pelo ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Apesar de estar filiado ao PDT atualmente, o novo mandatário da pasta tem compromisso para mudar de sigla.
O União Brasil indiciou ainda Juscelino Filho (MA), para as Comunicações, e Daniela do Waguinho (RJ), para o Turismo. O presidente nacional do partido, Luciano Bivar (PE), chegou a discutir com Lula uma adesão durante o período eleitoral, mas a composição da sigla com muitos nomes ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) funcionou com um impeditivo. Entre eles, o senador eleito pelo Paraná, Sérgio Moro, que, quando juiz, foi responsável pela condenação que levou Lula à prisão e impedimento de ele disputar as eleições em 2018, vencidas por Bolsonaro.
Efraim explicou que terá postura republicana, também, com o ex-aliado João Azevêdo (PSB), governador da Paraíba. “Tenho dito que tudo o que for do interesse do Estado, ele poderá contar comigo”, ressaltou. O parlamentar tomará posse no novo mandato em fevereiro do próximo ano.
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