Executivo
Chamado de “padre de festa junina” em 2022, Padre Kelmon vê ação contra Igreja Ortodoxa ser encerrada enquanto visitava João Pessoa
19/05/2024 07:34
Suetoni Souto Maior
Padre Kelmon se encontra com o ex-ministro Marcelo Queiroga. Foto: Divulgação

Uma das figuras mais controvertidas das eleições presidenciais de 2022, o Padre Kelmon visitou João Pessoa nos últimos dias com o intuito de encontrar lideranças conservadoras e implantar a primeira Igreja Ortodoxa da capital paraibana. Do lado político, encontrou-se com o ex-ministro Marcelo Queiroga, virtual candidato a prefeito, e deu entrevistas em rádios e TVs. Do lado pessoal, assistiu a partir da Paraíba o desfecho negativo da ação travada contra a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil. A demanda foi encerrada sem decisão de mérito. Motivo: o padre mudou de endereço.

Essa questão religiosa envolvendo o ex-candidato à Presidência foi uma constante no pleito de 2022. Durante debate televisivo na época, ele foi provocado pela então candidata à Presidência, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS). Ela chamou o adversário de “padre de festa junina”. Isso ocorreu justamente porque a Igreja Ortodoxa havia negado que ele integrasse os quadros da instituição religiosa. Em outro debate naquele ano, ele foi acusado pelo hoje presidente Lula (PT) de funcionar como mero “candidato laranja” do então postulante à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).

Do ponto de vista político, o desempenho do padre Kelmon foi uma lástima na Paraíba. Ele conquistou parcos 1.498 votos no Estado, votação que não o credenciaria nem a pleitear um cargo de vereador na capital.

Sobre a demanda judicial, o religioso pedia indenização de R$ 500 mil por danos morais após a instituição divulgar uma nota, em setembro de 2022, na qual negava que ele fosse clérigo de qualquer ramificação da Igreja Ortodoxa no País. O caso foi encerrado pela Justiça paulista porque o Padre Kelmon mudou o local de residência de São Paulo para a Bahia. Com isso, o processo foi extinto por mudança de jurisdição, pois só é permitida a tramitação no local de residência do autor. A reportagem procurou a defesa de Kelmon, que afirmou que apresentará nova ação a um tribunal baiano.

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