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Cadeirada ‘derruba’ Marçal, mostra nova pesquisa Quaest
18/09/2024 07:42

Suetoni Souto Maior

Datena responde provocação de Marçal com uma cadeirada. Foto: Reprodução/TV Cultura

A primeira pesquisa Quaest divulgada após a cadeirada desferida por José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB) mostra que o episódiol não ajudou o ex-coach e ele agora aparece numericamente abaixo dos líderes Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos0 (PSOL) na corrida eleitoral de São Paulo. O atual prefeito tem 24% das intenções de voto, contra 23% do deputado federal e 20% do ex-coach.

Os números mostram que Marçal oscilou três pontos para baixo, no limite da margem de erro em relação à última pesquisa, divulgada na semana passada. Apesar disso, o trio está tecnicamente empatado. Marçal aparecia com 23% das menções há uma semana, antes portanto da agressão sofrida em debate realizado no último domingo. Nunes registrava 24% das intenções de voto sete dias atrás, mesma taxa de agora, enquanto Boulos somava 21% no levantamento anterior e melhorou a marca.

A candidata Tabata Amaral (PSB) oscilou de 8% para 7%, e agora aparece numericamente atrás de Datena, que variou de 8% para 10% após a agressão a Marçal. Ou seja, numericamente, o apresenador ganhou pontos com a agressão. A candidata Marina Helena é escolhida por 2% dos eleitores. São 7% os que declaram a intenção de votar nulo ou em branco, e outros 7% se dizem indecisos.

A pesquisa foi realizada entre domingo e terça-feira, por isso nem todos os entrevistados responderam já tendo a memória do debate que marcou o ápice da agressividade entre os candidatos. Só parte das pessoas ouvidas também pôde assistir ao debate seguinte, realizado ontem pela manhã.

Principal “perdedor” dessa rodada, Marçal teve a agressão sofrida no debate da TV Cultura como destaque solitário de sua campanha nos últimos dias — afora uma motociata com baixo engajamento realizada na manhã de domingo. O ex-coach alternou discursos nas horas seguintes à cadeirada que o atingiu: chegou a comparar o episódio com os atentados sofridos por Bolsonaro (em 2018) e Donald Trump, publicou vídeo com máscara de oxigênio na ambulância que o levou ao Hospital Sírio-Libanês, e depois deixou a unidade médica classificando a cadeirada como “só um esbarrão”.

A Quaest sugere que a narrativa de vítima única não colou como o ex-coach pretendia. No eleitorado masculino, diretamente instigado no momento em que Marçal diz que Datena “não era homem” para cumprir a promessa de agredi-lo, o candidato do PRTB teve recuo de 31% para 25%. Datena, por outro lado, variou nesse grupo de 6% para 9% das escolhas.

A Quaest entrevistou presencialmente 1.200 eleitores de 16 anos ou mais entre 15 e 17 de setembro. A pesquisa foi contratada pela TV Globo e está registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-00281/2024. (Com informações de O Globo)

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