A revolta na base bolsonarista não resistiu ao ‘feito à ordem’ convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O primeiro passo foi quebrar as resistências dos deputados Cabo Gilberto (federal) e Wallber Virgolino (estadual) ao nome de Marcelo Queiroga. Os três são filiados ao Partido Liberal e os parlamentares ameaçavam deixar a sigla desde quando o ex-ministro da Saúde foi escalado pela direção nacional para concorrer à prefeitura de João Pessoa. O nome do grupo era Nilvan Ferreira, que, preterido, acabou deixando o partido e a disputa na capital. Ele vai concorrer ao cargo de prefeito em Santa Rita.

O primeiro a ser “dobrado”, entre os “revoltosos”, foi o Cabo Gilberto. Nesta quinta-feira (7), ele posou para foto ao lado de Queiroga e de Bolsonaro. Em postagem nas redes sociais, falou que Virgolino o seguirá também no apoio à candidatura do partido, na capital. Também deu pistas sobre o passo seguinte nas articulações conduzidas pelo ex-presidente: convencer o pastor Sérgio Queiroz (Novo) a abraçar uma composição conservadora em João Pessoa. A meta é convencer o religioso, que disputou o Senado em 2022 e não foi eleito, a aceitar a vaga de vice na chapa de Queiroga.

O objetivo do grupo é evitar o racha na base bolsonarista. Antes do “apaziguamento” conduzido por Bolsonaro, o grupo caminhava para o lançamento de três pré-candidaturas. A leitura simples era a de que isso dificultaria a chegada de uma delas ao segundo turno. De acordo com o Cabo Gilberto, uma eventual composição de Queiroga com Sérgio Queiroz será discutida no próximo mês, quando Bolsonaro deve desembarcar em João Pessoa.

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