A política de alianças do PP, em todo o Brasil, tem contraposto as posições nacionais e os arranjos locais. O partido, apesar de apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa pela reeleição, faz oposição ao gestor e ao seu partido na maioria das unidades da Federação. Para ser mais exato, em apenas sete delas o alinhamento é verificado. A maioria, precisamente 19 estados, trabalha em trincheiras diferentes da encampada pelo presidente. Um exemplo disso é a Paraíba, onde a agremiação está na base de apoio do governador João Azevêdo (PSB), contra o candidato do PL, Nilvan Ferreira.

Em terras paraibanas, o PP, inclusive, integra a chapa majoritária, com a indicação de Lucas Ribeiro para o cargo de vice-governador. Atualmente, ele é vice-prefeito de Campina Grande. O posicionamento conflita com o plano nacional, no qual o partido figura como o principal fiador da busca da reeleição pelo presidente. Um dos maiores entusiastas deste projeto é o senador Ciro Nogueira, atual chefe de gabinete do presidente. Ele, inclusive, veio à Paraíba neste ano para agenda com o deputado federal Aguinaldo Ribeiro.

As siglas são aliadas em 7 estados. Apenas em um estado, o Tocantins, um dos partidos não declarou apoio a ninguém. O prazo final para as convenções partidárias se encerrou na sexta-feira (5). As unidades da Federação onde há alinhamento entre PP e PL são Distrito Federal, Rio Grande do Norte, Amapa, Amazonas, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Pará. Bolsonaro, que se lançou numa chapa pura com o general Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa), também do PL, de vice, também tem entre seus escudeiros Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados.

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