Judiciário
Atos golpistas: primo dos filhos de Bolsonaro, Léo Índio está entre os alvos de operação da PF
25/10/2023 08:20
Suetoni Souto Maior
Léo Índio postou fotos nas redes sociais durante ato no Congresso. Foto: Reprodução

A Polícia Federal saiu às ruas, nesta quarta-feira (25), para o cumprimento de 18 mandados de prisão e de busca e apreensão em quatro estados. Entre os alvos, está o ex-candidato a deputado distrital, Léo Índio, primo de três dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele foi flagrado em fotos no dia da invasão dos prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro. No fim de janeiro, a PF já tinha feito buscas em endereços dele em Brasília e no Rio.

Ao todo, estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão e 13 ordens de busca e apreensão contra 12 suspeitos. A operação foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Esta é a 19ª fase da operação Lesa Pátria, iniciada ainda em janeiro. A etapa atual mira tanto os participantes dos atos golpistas quanto os incentivadores da ação. Segundo a PF, há mandados sendo cumpridos em Cuiabá (MT), Cáceres (MT), Santos (SP), São Gonçalo (RJ) e em Brasília (DF).

Segundo a PF, os fatos investigados incluem os seguintes crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado; dano qualificado; associação criminosa; incitação ao crime; destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido, e crimes da lei de terrorismo.

Léo Índio
Ainda nas horas seguintes aos atos de vandalismo em Brasília, em janeiro, Léo Índio publicou imagens em uma rede social em cima do Congresso Nacional e próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma das postagens, ele aparece com os olhos vermelhos, segundo ele devido ao gás lacrimogêneo usado pela Polícia Militar.

Em outro post, após a repercussão e em um ambiente que não parece ser a área central de Brasília, ele escreveu: “Muitos feridos, muitos socorridos. Patriotas não cometem vandalismo”.

Léo Índio, que se descreve em suas redes sociais como sobrinho de Bolsonaro, foi candidato pelo PL à Câmara Legislativa do Distrito Federal em 2022, mas não foi eleito. Ele também atuou como assessor do senador Chico Rodrigues (União-RR).

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