Se alguém disser que Hugo Motta (Republicanos-PB) não está com cara de bons amigos, leve ao pé da letra. O presidente da Câmara dos Deputados revelou nesta semana que rompeu com os líderes dos dois principais partidos do Congresso. Primeiro com o conterrâneo Lindbergh Farias, do PT. Agora, com Sóestenes Cavalcante, do PL do Rio de Janeiro.
O primeiro é um dos principais aliados do presidente Lula (PT) na Câmara e o segundo, o líder da tropa de choque que faz a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso no último sábado (22). Pior para os bolsonaristas, já que este movimento ocorre no momento em que o grupo tenta apovar na Casa a anistia para o ex-gestor, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de estado.
De acordo com o blog da jornalista Mônica Bergamo, o paraibano enviou mensagem para Sóstenes às 2h da madrugada na semana passada, com um texto nada amigável. “Não conte mais comigo para nada”, afirmou Motta ao pastor. Que respondeu que, em nome da amizade entre os dois, preferia nada comentar.
Ambos não se falam há uma semana. O motivo mais recente do estresse é o mesmo: as discussões sobre o projeto de lei antifacção, aprovado na Câmara na semana passada.
Lindbergh se contrapôs frontalmente à escolha do relator da proposta, Guilherme Derrite (PP-SP), e Sóstenes também apresentou divergências nos debates. As discussões entre os partidos estavam acaloradas em torno da ideia de equiparar facções a grupos terroristas. No final, a proposta foi votada, mas os ânimos não arrefeceram desde então.
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