Executivo
Alvo do MPF, Jovem Pan afasta Constantino, Paulo Figueiredo e Zoe Martinez
11/01/2023 07:48
Suetoni Souto Maior
Paulo Figueiredo, Constantino e Zoe Martinez não poderão mais participar dos programas. Foto: Montagem

Os colunistas Rodrigo Constantino, Paulo Figueiredo e Zoe Martinez foram afastados pela direção da Jovem Pan. Eles são conhecidos pelo posicionamento firme pró-atos golpistas e isso ficou patente diante das manifestações terroristas do último domingo (8), em Brasília. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inconformados com a derrota da liderança de extrema-direita nas eleições de 2022, invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). Pelo menos 1,5 mil pessoas foram presas.

A decisão da Jovem Pan acontece após o Ministério Público Federal de São Paulo abrir investigação contra o canal por apoio aos atos golpistas. “O foco da investigação será a veiculação de notícias falsas e comentários abusivos pela emissora, sobretudo contra os Poderes constituídos e a organização dos processos democráticos do país”, disse o MPF-SP em comunicado. Nesta semana, o empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como Tutinha, também deixou o cargo de presidente do Grupo Jovem Pan. A medida também visou aplacar a imagem de canal bolsonarista da emissora.

No domingo, a Jovem Pan escalou Paulo Figueiredo para sua cobertura dos atos terroristas. O resultado é que os comentários dele viralizaram por terem sido pró-ataques ou pelo menos complacenes com eles. Recentemente, o profissional defendeu uma guerra civil no país. Em sua primeira manifestação ao entrar no ar durante o ataque de domingo (8), Figueiredo disse que era “compreensível a revolta popular”, e mesmo criticando a destruição causada pelos bolsonaristas, buscou retratar os agressores como supostas vítimas do sistema. “A revolta é legítima”, ele afirmou sobre a barbárie terrorista.

Zoe Martinez, por sua vez, defendeu que as Forças Armadas destruíssem os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em participação na emissora no dia 21 de dezembro, enquanto Constantino insistiu na tese de que as eleições foram forjadas por um “um malabarismo do Supremo”, ideia difundida a partir de 14 de novembro e reiterada várias vezes desde então. As ideias de contestação das eleições também são propagadas com frequência por Rodrigo Constantino.

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