Judiciário
Alvo de inquérito no STF, paraibano Tércio Arnaud teve computador apreendido em operação da PF que mirou Carlos Bolsonaro
29/01/2024 20:34
Suetoni Souto Maior
Tércio Arnaud se tornou muito próximo ao presidente e seus filhos. Foto: Divulgação

O paraibano Tércio Arnaud Tomaz teve um laptop e um tablet apreendidos pela Polícia Federal, nesta segunda-feira (29). A abordagem ocorreu no momento em que a corporação cumpria mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Angra dos Reis, no Rio. A ação teve como alvo o segundo filho mais velho do gestor, Carlos, acusado de ter comandado uma “Abin paralela” durante o governo do ex-gestor.

Tércio, para quem não lembra, é ex-assessor especial da Presidência e alvo do inquérito conduzido pelo ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que apura a atuação de uma suposta milícia digital durante o governo Bolsonaro. Atualmente, ele permanece trabalhando para o ex-presidente. O paraibano é citado nas investigações como figura de proa no grupo que ficou conhecido como “gabinete do ódio”.

Em uma postagem nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro, que testemunhou a cena, afirmou ser um “abuso” o que ocorreu com o assessor de seu pai. “Foi apreendido material de Tércio, assessor do presidente Bolsonaro, mesmo sem ele ser alvo do mandado. Um abuso. O laptop e o tablet continham o nome de Tércio na tela de início e ele desbloqueou os aparelhos diante dos PF. Não adiantou”, registrou Eduardo Bolsonaro nas suas redes.

O deputado federal comentou ainda a apreensão do material que pertencia a Bolsonaro e acusou a PF de ter sido impaciente e não esperar chegada dos advogados da família. “Em razão dos excessos contatamos os advogados da família, que se deslocaram para o endereço, mas a PF não aguardou os cerca de 30 minutos que faltavam para que chegassem e mantiveram a apreensão dos bens do assessor do Presidente Bolsonaro”, afirmou Eduardo, que atacou a ação da polícia.

Tércio Arnaud chegou a disputar as eleições do ano passado, na Paraíba, na condição de primeiro suplente de Bruno Roberto, na disputa pelo Senado. A chapa, no entanto, não conseguiu sucesso eleitoral e foi derrotada.

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