Judiciário
Alexandre de Moraes homologa delação de Ronnie Lessa e caso Marielle fica mais próximo de solução
19/03/2024 19:04
Suetoni Souto Maior
Marielle Franco foi assassinada ao sair de evento político. Foto: Guilherme Cunha/Alerj

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou, nesta terça-feira (19), a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa. Ele é apontado como autor dos disparos que mataram a ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (Psol), e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018. O caso se arrasta desde então sem que os mandantes do crime sejam conhecidos. A informação foi confirmada pelo ministro Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública).

O Supremo recebeu no último dia 11 parte da investigação sobre os assassinatos. O caso foi distribuído nesta quarta-feira (13) ao ministro Alexandre de Moraes. “Eu acabo de estar com o ministro Alexandre de Moraes, do STF, que me comunicou oficialmente que ele homologou a colaboração premiada do ex-policial Ronnie Lessa depois de ter passado ontem em uma audiência com o ministro auxiliar de Alexandre de Moraes”, disse o ministro.

“Ele confirma todos os termos da colaboração premiada, essa que tramita em segredo de Justiça e esse ministro não teve acesso a ela. Mas nós sabemos que essa colaboração, que é um meio de obtenção de provas, nos traz elementos importantíssimos que nos levam a crer que brevemente teremos a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco”, concluiu.

Antes, a investigação tramitava no STJ. O deslocamento ao Supremo costuma ocorrer quando são citados pessoas com prerrogativa de foro na corte nas investigações.

A Constituição Federal prevê que, em processos criminais, os ocupantes de determinados cargos serão julgados por tribunais específicos e não por um juiz de primeira instância, como aconteceria num processo normal.

O processo está sob sigilo e não há informação de quem seria o envolvido que motivou o deslocamento do caso.

A vereadora foi assassinada no centro do Rio, na noite de 14 de março de 2018. O carro em que Marielle estava —e que era conduzido por Anderson— foi alvejado por 13 tiros. Os motivos e os mandantes do crime permanecem desconhecidos.

Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos. O primeiro foi acusado de ser o autor dos disparos, enquanto o segundo, de dirigir o veículo usado no assassinato. (Com informações da Folha de São Paulo)

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