No último sábado (4) liguei para o amigo e jornalista Wagner Lima. Tinha acabado de ouvir um podcast na CBN que tratava do BBB21 e de como os fãs se organizam em torcida para conduzir o ídolo ao final do programa. Para mim, isso é muito impactante. Assisti pouco ao programa ao longo de suas 21 edições e lembro apenas de dois vencedores: Kléber Bambam, do primeiro, e Jean Wyllis, do quinto. O último, vale ressaltar, virou deputado federal. Mas, confesso, nunca vi ninguém atrair tanto os holofotes como a paraibana Juliette Freire e o reflexo disso é visto na política.
Não, não quero dizer que a menina de origem humilde e nascida em Campina Grande vai se dedicar à carreira política. Mas é interessante notar que como celebridade meteórica, a jovem advogada e maquiadora que se mudou ainda na infância para João Pessoa chamou a atenção dos políticos. Na Câmara Municipal da capital, o Bispo José Luiz (PRP) apresentou e viu aprovado um Voto de Aplauso em homenagem à paraibana. Na sequência, o também vereador Bruno Farias (Cidadania) apresentou projeto que concede o Título de Cidadã Pessoense a Juliette.
E não parou por aí. A Assembleia Legislativa aprovou a concessão da mais alta honraria da Casa, a Medalha Epitácio Pessoa. A proposta foi aprovada por todos os 36 deputados do estado no mês passado. O motivo da comenda, “O amor e cumplicidade de Juliette por nossa Paraíba”, foi apresentado pelo autor da matéria, Ricardo Barbosa (PSB). Na mesma linha, o governador João Azevêdo (Cidadania) divulgou na semana passada fotos de bonecas em homenagem à paraibana, feitas por presas da Penitenciária Júlia Maranhão.
Curiosamente, a maior dificuldade para a homenagem ocorreu justamente na terra natal. O vereador Rostand Miranda Cavalcante (PP) apresentou um requerimento de Voto de Aplauso na Câmara Municipal e a matéria provocou intenso debate na Casa. O motivo foi o questionamento do mérito da sister para receber a comenda. O questionamento é comum entre os críticos das homenagens, mas a defesa dos autores das proposituras é farta em argumentos. E é verdade. Juliette Freire, que até bem pouco era uma ilustre desconhecida, hoje eleva o nome do Estado, divulga a Paraíba.
As declarações dela sobre recantos e belezas de João Pessoa, da Baía da Traição ou de qualquer ponto da Paraíba servem mais que campanhas milionárias na mídia. Juliette acabou contribuindo com um sentimento de pertencimento nutrido pelos paraibanos em relação à conterrânea. A forma espontânea com que se expressa fez com que a sister também fosse homenageada por dezenas de artistas. Por isso, a final do reality chama tanta atenção para esta terça-feira (4), quando saberemos quem vai levar R$ 1,5 milhão para casa.
As pesquisas de opinião mostram que Juliette Freire deve vencer o BBB21. Ela enfrenta na final Fiuk e Camilla de Lucas. São oponentes fortes, porém, não parecem páreos para a paraibana. Se vencer, como é esperado, muito provavelmente será recebida em carro aberto ao retornar ao Estado. E as homenagens serão, sim, merecidas.
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